quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Soneto do Maior Amor (Vinicius de Moraes)
Maior amor nem mais estranho existe
que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando se sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrando, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá amigos,
Sua visita e comentários me deixam imensamente feliz!!!
Obrigada!!!!